sábado, 28 de dezembro de 2013

Na Casa do Pai há muitas moradas...


Na Casa do Pai (Mãe), aliás, palavras por mais belas ou objetivas que sejam apenas apontam para algo que já ouvimos falar (imaginamos como sendo subjetivamente) ou visualizamos, experimentamos (objetivamente). Quanto a Essência Criadora, essa não se consegue definir por palavras, apenas sentimos em nosso âmago e, portanto, sabemos com certeza dessa Presença Maior que justifica nossa busca por compreender a Criação e a sede por conhecimento que nos afasta qualquer pretenso tédio cotidiano. Há exceções, mas esses não se preservam o bastante para superar a supressão de sua natureza primordial.
Várias moradas, diferentes ambientes, vários modos de ser e de agir, contudo cada um conforme o seu limite de locomoção. Em essência todos destinados ao crescimento e aprimoramento de algo, que por falta de conhecimento do intangível em nós, chamamos espírito, alma, ou seja, nossa consciência do eu, aquela que resta depois de tudo em nós apaziguado, o íntimo que alcançamos ao meditar... Não temos contato com nossos irmãos de evolução, alguns mais adiantados, outros menos, mas todos em níveis diferentes nesse Cosmos ainda pouco conhecido. Em outros Universos: outros cosmos, outras realidades..
Vamos acordando aos poucos, pois sabemos o que acontece a uma manada de quando algo inusitado lhes aparece: todos correm desesperados, se atropelam, se desesperam. Um ou outro indivíduo é controlado, ou controlável, ou melhor, consegue dominar seu medo natural, mas milhões se desesperam e, embora a verdade se apresente a todo instante, apenas acreditam naquilo que suportam acreditarem. De muitos lugares vem pesquisar nosso curso evolutivo, por algum tempo fazem suas manobras, mostram-se aos mais preparados, mas parece regra geral a não interferência, até porque sabemos o quão desastroso foi a chegada dos navegadores às américas nos relatos históricos. A catástrofe bacteriológica dizimou muitos que não resistiram às doenças dos visitantes do velho mundo. Há também o choque de ideias, uma vez que a ganancia dos povos que desembarcaram contrastavam com a ingenuidade das massas aborígenes.
Temos conceitos formados a respeito de tudo e medimos a tudo conforme nosso ponto de vista e aí a maioria dos preconceitos da sociedade. Toda a vida lá fora deve ter conformação tal qual a nossa ou não é vida. Um ser consciente deve necessariamente possuir o mesmo padrão que encontramos em nosso planeta. Quanto ingênuos somos, mas ao contrário dos aborígenes dos tempos da colonização, quão perigosos somos, pois ao primeiro encontro com o desconhecido trememos de medo e se armados, atiramos antes para perguntar depois e, principalmente com a curiosidade corremos para dissecar o algo abatido para aprendermos sobre! Fazemos isso com nossos próprios semelhantes, então o que esperar da humanidade em relação aos nossos visitantes não humanos...
É paradoxal, mas apesar de todo avanço científico e tecnológico ainda procedemos como trogloditas: seres que em sua maioria apenas vegeta na vida, sem filosofar a respeito da existência. Muitos pensam somente em si mesmos, até mesmo quando constituem família, pois a maioria o faz pensando em beneficiar-se do atendimento a si na velhice, são raros os seres que inspiram seus filhos a serem livres e cidadãos do mundo, a serem pessoas desapegadas a buscar o avanço civilizatório, a evolução mental, psicológica, moral e tecnológica para beneficiar a maioria.
A superpopulação mundial é fruto dessa irracionalidade! Não se dá educação suficiente e qualitativa, nem abrigo, agasalho ou se supre adequadamente toda necessidade a que seres conscientes tem direito. O potencial em nós é espetacular, mas ainda estamos nas cavernas. Podemos voar alto e livres universo afora, mas ainda rastejamos. Como as lagartas que não sabem o futuro que os aguarda. Em não nos destruindo no percurso terminaremos nossa jornada como seres livres e conhecedores de verdades nunca sequer imaginadas até o momento em nossa fase evolutiva. Findado esse ponto então, uma nova humanidade será por aqui desembarcada e todo o processo se reinicia, até que o planeta não mais de suporte a vida, então novas casas do pai hão de ser edificadas para que os filhos da Essência Criadora possam aprender, através de erros e acertos, empiricamente, como se sós estivessem nesse vasto universo, uma fase para poderem amadurecer e prosseguir na jornada pelo descobrimento de si mesmos, para buscar a essência de onde tudo provêm e pelos motivos que ainda não temos as respostas.


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Hipóteses Extraterrestres, passado e presente

                                       https://youtu.be/iS2IakNHKcM?si=v9aK6Gdfos0cFk1J